A afirmação surge num contexto de crise no Instituto Nacional de Emergência Médica, marcado por alegadas falhas no socorro e falta de recursos humanos. Falando no encerramento de uma oficina de reflexão sobre os serviços de emergência, a ministra sublinhou que a confiança na emergência médica é “um ativo fundamental de soberania”, acrescentando que “o Governo jamais aceitará qualquer tipo de pressão” que não seja baseada na melhor evidência científica.
A declaração surge após a conclusão de inquéritos da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a 12 mortes ocorridas durante a greve do INEM, tendo uma delas, em Mogadouro, sido relacionada com o atraso no atendimento.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou que a multiplicação de casos cria uma “ideia difusa de que as coisas não estão a correr bem” e exige um “grande desgaste” à ministra. Para apoiar a reforma, o Governo criou uma Comissão Técnica Independente (CTI), presidida pela juíza conselheira Leonor Furtado, que deverá apresentar uma proposta de modelo de organização para o instituto até ao final do ano.
A CTI focar-se-á em garantir um socorro adequado e em tempo útil, considerando as assimetrias do país, e em melhorar a articulação com os hospitais e a inovação tecnológica.













