Durante uma ação de pré-campanha autárquica em Góis, Montenegro destacou que o valor de referência do CSI já foi aumentado duas vezes desde que o seu Governo tomou posse, passando de cerca de 550 euros para 630 euros, e prometeu que o valor para o próximo ano será revelado até 10 de outubro, data de entrega do Orçamento. O primeiro-ministro salientou ainda que a eliminação da contabilização dos rendimentos dos filhos para a atribuição do CSI permitiu duplicar o número de beneficiários.

A promessa foi recebida com ceticismo pela oposição, que a classificou como “eleitoralismo”.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou o Governo a transformar o suplemento num “aumento permanente” para as pensões mais baixas, argumentando que a medida custaria cerca de 400 milhões de euros, o equivalente à redução de um ponto percentual no IRC.

O Livre e o PCP também criticaram o anúncio.

Isabel Mendes Lopes, do Livre, defendeu que o país precisa de “um aumento estruturado” e não de “bónus pontuais” anunciados em alturas convenientes. Paulo Raimundo, do PCP, questionou o que acontecerá aos pensionistas se não houver folga orçamental para o suplemento, acusando o Governo de oferecer “uma esmolazinha”. André Ventura, do Chega, considerou o anúncio “puro eleitoralismo em que ninguém acredita”, acusando o primeiro-ministro de estar “desfasado da realidade”.