Os autarcas defendem que a barragem é uma “infraestrutura decisiva” para assegurar o abastecimento de água, combater a desertificação e diversificar a agricultura, representando um investimento público de 222 milhões de euros. Por outro lado, as associações ambientalistas, como o GEOTA, Quercus, LPN e Zero, argumentam que a obra já causou “uma grande área de destruição” e acusam os responsáveis de não terem parado os trabalhos mesmo após a notificação do tribunal. Hélder Careto, do GEOTA, afirmou que “a obra era para estar absolutamente parada, porque o juiz deu ordem para parar as obras e isso não aconteceu”.

O conflito entre o desenvolvimento de infraestruturas hídricas de grande escala e a proteção ambiental atinge, assim, um ponto crítico, com o futuro do maior projeto do Alto Alentejo em décadas a ser decidido nos tribunais.