No entanto, o processo arranca sob forte contestação das estruturas representativas, que criticam o calendário proposto pelo Governo e convocaram ações de protesto.
A ministra Maria Lúcia Amaral deu início às reuniões recebendo a Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP). O objetivo é dar seguimento ao acordo de julho de 2024, que previa um aumento faseado do suplemento de risco, mas cujas negociações subsequentes não avançaram. Contudo, as estruturas sindicais e associativas contestam o cronograma apresentado pelo MAI, que prevê que a primeira ronda negocial termine apenas a 24 de novembro de 2025. Segundo os representantes dos polícias e militares, este calendário constitui uma “manobra dilatória” que irá atrasar a implementação de novas medidas e impedir que as suas principais reivindicações, como o aumento salarial e a reestruturação dos suplementos, sejam contempladas no Orçamento do Estado para 2026.
O presidente da ASPP, Paulo Santos, considerou que o calendário “demonstra pouca vontade por parte do Governo” em resolver os problemas. Em resposta, o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) convocou quatro dias de protesto em Lisboa, entre 21 e 24 de outubro, para exigir a valorização da carreira e alertar para a contínua falta de resposta do Governo aos “graves e cada vez mais agonizantes problemas que afetam as forças de segurança”.













