Este desempenho tem gerado um intenso debate político.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, afirmou que os níveis de execução estão “nos piores níveis de sempre”, enquanto o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, contrapôs, garantindo que a execução subiu 11% em 2024 e que o seu Governo é “muito melhor a executar”. A evolução do investimento está largamente dependente dos fundos europeus, com o Tribunal de Contas Europeu a indicar que 90% do investimento público em Portugal entre 2014 e 2020 dependeu destes fundos. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) já alertou para o risco de o investimento crescer a um ritmo inferior ao esperado, “em particular por atrasos adicionais na implementação financeira do PRR”.

Apesar das dificuldades, o Governo mantém o otimismo, com Luís Montenegro a assegurar em Bragança que as obras inscritas no PRR serão executadas, mesmo que seja necessário recorrer a “outras fontes de financiamento”.