A proposta foi apresentada pelo presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Flávio Martins, durante uma audição conjunta.

Martins alertou para as dificuldades do voto por correspondência, que resulta em taxas de abstenção muito elevadas, e para as grandes distâncias que os eleitores por vezes têm de percorrer para votar presencialmente.

“A abstenção vai ser elevadíssima” nas próximas eleições presidenciais, avisou o dirigente, defendendo a necessidade de modernizar e uniformizar os procedimentos eleitorais.

O objetivo do teste, que não terá caráter vinculativo, é “avaliar a fiabilidade de todo esse processo” eletrónico, esclarecendo dúvidas sobre a sua segurança e eficácia.

O deputado Hugo Carneiro (PSD) considerou “inevitável discutir o voto eletrónico”, enquanto Ricardo Reis (Chega) defendeu que um “projeto-piloto faria todo o sentido”.

Mesmo o CDS, que expressou “muitas dúvidas sobre o voto eletrónico”, não se opôs ao teste.

O deputado socialista Pedro Vaz subscreveu ainda a sugestão de instalar mesas de voto em consulados honorários ou associações, para além dos consulados, de modo a aumentar a proximidade com os eleitores. A proposta representa um passo importante na procura de alternativas para garantir o exercício do direito de voto a mais de um milhão e meio de eleitores recenseados no estrangeiro.