As reivindicações centram-se em aumentos salariais, valorização de carreiras e mais investimento nos serviços públicos, num claro confronto com a política do Governo.
A Frente Comum, que representa 29 sindicatos, exige um aumento salarial não inferior a 15%, num mínimo de 150 euros, e a fixação da Base Remuneratória em 1.050 euros, propostas que contrastam com o aumento de 2,15% (ou 56,58 euros) previsto no Orçamento do Estado para 2026.
A greve abrange todos os setores, incluindo saúde, educação, justiça e finanças, onde se esperam adesões na ordem dos 90%.
Em resposta, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu a posição do Governo, afirmando que os aumentos previstos resultam de um acordo assinado com duas das três estruturas sindicais e que “não se pode continuar a aumentar o número de trabalhadores na Administração Pública”, considerando que tal seria um “erro e desperdício do dinheiro dos portugueses”. O ministro sublinhou que, apesar do aumento de 100 mil funcionários no passado, os serviços públicos não melhoraram.
A greve, descrita pela Frente Comum como “a maior nos últimos anos”, reflete o “profundo descontentamento” dos trabalhadores e visa pressionar o Governo a “mudar de política”.













