Esta posição contraria a intenção do PS, cujo secretário-geral, José Luís Carneiro, acusou o Governo de uma “falha sistemática” na previsão do saldo, descrevendo-o como um “gato escondido com rabo de fora” de cerca de mil milhões de euros.

Os socialistas pretendem propor que essa margem seja usada para transformar o suplemento extraordinário deste ano num aumento permanente para as pensões mais baixas.

O ministro das Finanças contrapôs, explicando que o saldo está inflacionado por transferências da administração central e não reflete a capacidade para despesas estruturais.

No entanto, a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, deixou a porta aberta à atribuição de um novo suplemento extraordinário aos reformados com rendimentos mais baixos, mas apenas se a execução orçamental o permitir, embora Miranda Sarmento tenha admitido que tal será “muito mais difícil” em 2026.