A revisão expôs fragilidades no planeamento orçamental e gerou críticas por parte das entidades de fiscalização. Inicialmente, o Projeto de Plano Orçamental (PPO) submetido a 15 de outubro indicava um crescimento da despesa líquida de 5,6% em 2026. No entanto, a Comissão Europeia “detetou inconsistências ao tentar replicar o crescimento”, o que levou a uma troca de informações técnicas com o Ministério das Finanças.
Em resposta, a 21 de outubro, Portugal submeteu uma errata, revendo o valor para 4,8%.
A correção foi justificada com uma revisão em baixa da estimativa do investimento público cofinanciado por fundos da UE. O CFP, presidido por Nazaré da Costa Cabral, também já tinha alertado o Ministério das Finanças para a “existência de incoerência nas componentes de cálculo da despesa líquida” a 13 de outubro. O organismo lamentou ter recebido as tabelas atualizadas apenas a 22 de outubro, o que “obrigou a uma nova análise” de última hora.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) juntou-se às críticas, lamentando “a redução da colaboração do Ministério das Finanças relativamente à informação solicitada”, considerando-a um “retrocesso” que prejudica o escrutínio parlamentar.













