As principais alterações incluem requisitos mais rigorosos de residência e de prova de ligação efetiva ao país. O Governo, através de ministros como Leitão Amaro, defendeu as mudanças como necessárias para acabar com as "portas escancaradas" e garantir que ser português não é uma questão de "conveniência". Luís Montenegro afirmou: "Não queremos portugueses de ocasião".

O PS votou contra, com o deputado Pedro Delgado Alves a acusar o Governo de "atacar os imigrantes com fins eleitorais" e de adotar a agenda do Chega. A aprovação foi assegurada após negociações de última hora entre o PSD e o Chega, nas quais o Governo aceitou uma proposta do Chega que permite a perda da nacionalidade obtida através de fraude manifesta. No entanto, o Governo não cedeu na exigência do Chega de perda automática da nacionalidade por crimes graves, matéria que foi tratada num diploma separado. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha apelado ao "maior consenso possível" em matérias como esta, um objetivo que não foi alcançado, dado o claro fosso entre esquerda e direita na votação. As alterações foram criticadas pelos partidos de esquerda e por candidatos presidenciais como Catarina Martins, que classificou a lei como sendo "contra as famílias" e afirmou que a vetaria.