O novo pacote laboral do Governo tornou-se um ponto central de confronto social e político.

O PCP classificou a proposta como um "grande golpe" que visa "atacar os direitos sindicais e que abre uma nova linha do despedimento sem justa causa", apelando à participação numa manifestação convocada pela CGTP.

A UGT adotou uma postura igualmente combativa, com o seu secretário-geral a avisar que, "entre mau acordo ou luta na rua, a UGT prefere a luta na rua", sinalizando a indisponibilidade para negociar um acordo que considere prejudicial.

O candidato presidencial António Filipe juntou-se às críticas, acusando o Governo de querer "liberalizar despedimentos".

Os opositores argumentam que a proposta tem um "viés ideológico" favorável ao patronato, minando princípios fundamentais do Direito do Trabalho, como a estabilidade no emprego e a proteção da parte mais fraca na relação laboral.

Em vez de focar na paralisia da negociação coletiva, o Governo é acusado de promover uma agenda que perpetuará os baixos salários, a precariedade e a emigração de jovens qualificados, ao mesmo tempo que agrava as condições para a exploração de imigrantes.