O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou o cronograma para a nova legislação durante uma audição parlamentar, assegurando que o novo regime para o afastamento de imigrantes irá respeitar os "direitos fundamentais" e, ao mesmo tempo, reforçar a segurança.

Esta lei faz parte de um pacote mais amplo de políticas migratórias, que inclui a recém-aprovada Lei da Nacionalidade e alterações às regras de entrada e residência de estrangeiros. Durante o debate, Leitão Amaro procurou demarcar-se da extrema-direita, afirmando que "é falso falar das pessoas estrangeiras que vivem em Portugal como parasitas do Estado social, nem como criminosos" e que "o crime não tem cor de pele".

No entanto, a abordagem geral do Governo tem sido criticada por se alinhar com a agenda do Chega.

Um dos artigos de opinião sugere que a retórica do ministro, nomeadamente a acusação ao PS de promover uma "engenharia demográfica com intuitos eleitorais", o posiciona como um potencial membro de um futuro governo liderado por André Ventura. A nova lei é, portanto, uma peça central na estratégia do Governo para demonstrar uma postura mais firme em matéria de imigração, que designa como uma "política migratória com ordem".