Os sindicatos consideram que as alterações representam um "retrocesso histórico" e um "ataque sem precedente" aos direitos dos trabalhadores.

A UGT acusa o Governo de, "ao fim de meses de reuniões manter inalterada a proposta", enquanto a CGTP lembra que o Executivo já disse que "não abdica das traves mestras" do projeto. A união entre a CGTP e a UGT numa greve geral é a primeira em mais de uma década, desde o período da 'troika'.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou a paralisação como "incompreensível" e acusou as centrais sindicais de servirem "interesses" do PCP e do PS. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, considerou o anúncio "extemporâneo", garantindo que o Governo está "perfeitamente disposto a negociar".

A oposição, incluindo o PCP e o PS, criticou a postura do Governo, com os comunistas a acusarem o executivo de estar "profundamente capturado pelos grandes interesses".

O tema dividiu também os candidatos presidenciais, com alguns a apelarem ao diálogo para evitar a greve e outros, como Jorge Pinto, a admitir vetar o pacote laboral caso fosse eleito Presidente da República.