Adicionalmente, o executivo propõe a atribuição de um novo suplemento extraordinário, semelhante ao concedido anteriormente, mas condiciona-o à existência de "folga orçamental". O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reforçou esta posição ao alertar que quaisquer alterações substanciais ao Orçamento pela oposição poderiam colocar em risco o excedente previsto e levar a um défice, colocando sobre os outros partidos o ónus de encontrar compensações. Em contrapartida, o PS apresentou uma proposta de alteração para que um eventual bónus atribuído em 2026 se torne "permanente e estrutural", sendo incorporado na base de cálculo da pensão de 2027. No entanto, os socialistas impõem várias condições, como a verificação de um saldo positivo na segurança social e a compensação através da receita de IRC, o que levou o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, a alertar que isso poderia implicar a não descida do IRC em 2027.

O Chega também avançou com uma proposta para um aumento de 1,5% para pensões até 1.567,50 euros, para além do previsto na lei.

Tanto o Conselho de Finanças Públicas como o Conselho Económico e Social manifestaram preferência por atualizações permanentes em detrimento de bónus pontuais, pela sua estabilidade e previsibilidade.