O objetivo é combater a morosidade nos processos de contratação pública, que muitas vezes atrasa investimentos importantes.

No entanto, a proposta enfrenta resistência.

A presidente do Tribunal de Contas discorda da medida, alertando que, sem o controlo prévio, os contribuintes podem sair prejudicados.

A preocupação é que a remoção desta camada de fiscalização preventiva possa abrir portas a irregularidades e corrupção, um argumento partilhado por vozes da oposição.

André Ventura, líder do Chega, afirmou que o fim do visto prévio é um "convite à corrupção".

O antigo ministro Pedro Siza Vieira, por outro lado, expressou apoio à mudança, afirmando que "o governo tem razão" e esperando que o PS apoie a medida.

O debate reflete uma tensão clássica na administração pública: a necessidade de celeridade e eficiência versus a importância de mecanismos de controlo rigorosos para garantir a legalidade e a boa gestão dos dinheiros públicos.