Esta chamada à ação legislativa reflete uma tensão entre as forças de segurança sobre a repartição de competências em áreas criminais de grande relevância. Os defensores da mudança acreditam que alargar a competência de investigação a mais forças policiais poderia aumentar a eficácia do combate ao tráfico de droga, aproveitando a capilaridade e o conhecimento do terreno da PSP. Por outro lado, a manutenção da exclusividade da PJ é geralmente justificada pela necessidade de especialização e centralização da informação em investigações complexas e transnacionais.

A proposta surge num contexto de debate mais amplo sobre a segurança interna e a adequação dos meios e do quadro legal para responder às novas formas de criminalidade. A reivindicação do sindicato dos oficiais da PSP coloca pressão sobre o Governo e o Parlamento para reavaliarem o modelo de investigação criminal em Portugal, especialmente no que diz respeito a um dos crimes que mais preocupa a sociedade.