A polémica centra-se na adequação destas aeronaves para a missão, uma vez que, segundo notícias, só poderiam aterrar num número muito limitado de heliportos hospitalares.

O ministro Nuno Melo refutou estas alegações, garantindo que os helicópteros já aterraram em 25 heliportos a norte do Tejo e que a certificação compete à Autoridade Aeronáutica Nacional, e não à aviação civil. A compra, justificada pela necessidade de aproveitar verbas do PRR, é criticada por especialistas que alertam que os Black Hawk não são adequados para emergências primárias, que exigem resposta imediata, mas sim para missões secundárias de evacuação. O próprio Ministério da Defesa reconheceu que os helicópteros serão um reforço e não substituirão diretamente os meios do INEM.

Numa análise crítica, um artigo de opinião apelida a decisão de "improviso infantil", questionando a falta de estratégia na despesa em Defesa e a compra de equipamentos "inadequados" apenas para aproveitar fundos europeus. O ministro da Defesa, por sua vez, assegurou que a Força Aérea tem "disponibilidade e militares" para auxiliar na emergência médica e que o investimento reforça a capacidade de resposta do Estado, lamentando as polémicas em torno de meios que podem salvar vidas.