O anteprojeto governamental é visto pelos sindicatos como um "gravíssimo retrocesso civilizacional" e um "ataque aos direitos dos trabalhadores".
Entre as medidas mais polémicas estão a flexibilização dos despedimentos, alterações ao banco de horas e a perda de direitos de parentalidade.
Em resposta à crescente pressão, o Governo mostrou alguma abertura negocial, reunindo-se com a UGT e concedendo "mais tempo" para a análise das propostas.
O executivo chegou a recuar em algumas matérias, como a que dificultava a recusa de trabalho noturno ou ao fim de semana por parte dos pais.
No entanto, para os sindicatos, as cedências são insuficientes. Mário Mourão, secretário-geral da UGT, afirmou que, apesar da disponibilidade para o diálogo, "não há condições para desconvocar a greve nem para acordo", admitindo mesmo a possibilidade de alargar a paralisação para dois dias.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Abreu Amorim, garantiu que o diálogo "não tem prazo", mas classificou a greve como uma "iniciativa radical".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao consenso, sublinhando que ainda há tempo para o diálogo, mesmo após a greve.














