O entendimento, assinado por 10 das 12 organizações sindicais presentes, define o calendário e os temas a serem discutidos, com a primeira reunião negocial agendada já para a primeira semana de dezembro. De fora deste acordo ficaram duas das maiores e mais influentes estruturas sindicais: a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop). Apesar de não subscreverem o documento, a Fenprof garantiu que participará nas negociações "de boa-fé", enquanto o Stop indicou que ainda iria ponderar a sua posição. O ministro Fernando Alexandre destacou que o objetivo do processo negocial é valorizar e simplificar a carreira docente, um tema que tem estado na origem de forte contestação e de várias greves nos últimos anos.
O acordo agora alcançado representa um passo significativo para a pacificação no setor da educação, ao conseguir sentar à mesma mesa o Governo e a esmagadora maioria dos representantes dos professores para discutir um dos dossiês mais sensíveis e estruturantes para a classe. A capacidade de o Governo conseguir um consenso final que inclua também a Fenprof e o Stop será determinante para garantir a estabilidade no setor e a implementação bem-sucedida de um novo estatuto de carreira que responda às reivindicações dos docentes.














