A medida visa alargar o acesso à formação superior, respondendo à crescente procura por parte dos estudantes.
No entanto, a iniciativa gerou preocupação junto do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
Os politécnicos alertam que esta flexibilização poderá ter um impacto negativo e desproporcional nas instituições localizadas no interior e nas regiões periféricas do país. O receio é que, ao permitir um aumento generalizado de vagas, as universidades e politécnicos dos grandes centros urbanos, que já concentram a maior parte da procura, absorvam ainda mais estudantes, agravando o despovoamento e as dificuldades de captação de alunos que as instituições do interior já enfrentam. O CCISP argumenta que uma política de alargamento de vagas deveria ser acompanhada por mecanismos de coesão territorial, para não prejudicar a sustentabilidade e o papel fundamental que as instituições de ensino superior desempenham no desenvolvimento das regiões de baixa densidade. A discussão em torno desta proposta evidencia a tensão entre o objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior e a necessidade de garantir um desenvolvimento equilibrado do território nacional, protegendo a rede de instituições que são âncoras económicas e sociais no interior do país.














