O novo organismo, criado pelo Governo, tem como principal objetivo analisar e impedir desperdícios e irregularidades no SNS.
A escolha do juiz desembargador Carlos Alexandre, conhecido pela sua intervenção em vários casos mediáticos como a Operação Marquês, foi justificada pela sua “competência reconhecida na investigação judicial”, segundo o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH).
O mandato de Carlos Alexandre terá a duração de três anos, com uma remuneração que, segundo diferentes fontes, varia entre 6.100 e 9.000 euros brutos mensais.
No entanto, a nomeação está dependente de um parecer do Conselho Superior da Magistratura.
A decisão foi fortemente criticada por José Sócrates, que a considerou uma “pouca-vergonha” e um “prémio” atribuído ao juiz pela sua alegada “parcialidade política” durante a investigação do processo Marquês.
O antigo primeiro-ministro acusou o Governo de ter criado um cargo “especialmente para acomodar esta escolha”.
A nomeação insere-se num esforço do executivo para aumentar a fiscalização e a eficiência financeira do SNS, mas a escolha de uma figura tão polarizadora como Carlos Alexandre transformou uma medida de gestão numa questão politicamente sensível.














