As negociações entraram numa fase crítica, com o primeiro-ministro a intervir diretamente para tentar um acordo com a UGT.
O anteprojeto de lei, que inclui cerca de 150 alterações à legislação laboral, foi recebido com duras críticas por parte das centrais sindicais.
O SINTAC classificou-o como "o mais grave retrocesso nos direitos laborais desde o período democrático", enquanto o PCP o descreveu como uma "declaração de guerra aos trabalhadores".
Entre as medidas mais polémicas estão o regresso do banco de horas individual, o alargamento dos contratos a termo e a flexibilização do 'outsourcing'.
Em resposta, a CGTP e a UGT marcaram uma greve geral conjunta, um teste ao seu "poder de mobilização", segundo o líder da UGT, Mário Mourão.
A ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, defendeu a reforma, afirmando que "a lei em vigor é que tem desequilíbrio a favor dos trabalhadores", mas foi acusada pela UGT de "não ter jeito" para criar um ambiente negocial.
Numa tentativa de evitar a paralisação e garantir um acordo na Concertação Social, o primeiro-ministro Luís Montenegro reuniu-se com a UGT.
Após o encontro, Mário Mourão reconheceu um "espírito positivo, frontal, dialogante, construtivo", mas confirmou que "até à greve geral não é possível haver um acordo", mantendo a paralisação agendada.














