A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou a escolha, declarando-se "muito feliz por o juiz desembargador ter aceitado mais esta missão".

A nova comissão, cujo mandato será de três anos, integrará elementos permanentes da Polícia Judiciária (PJ), da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) e do Infarmed.

A sua criação surge na sequência de vários escândalos de fraude no SNS, que motivaram a ação do executivo.

A nomeação de uma figura mediática como Carlos Alexandre foi interpretada por alguns analistas como um "gesto político" para mostrar "mão dura" contra a corrupção.

A Iniciativa Liberal requereu uma audição parlamentar com o juiz para perceber o funcionamento da nova estrutura.

No entanto, a decisão não foi consensual.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates considerou a nomeação um "escândalo" e um "prémio" pela atuação do juiz no processo Marquês.

Outros, como o candidato presidencial António Filipe, expressaram receio de que se esteja a "criar um certo anátema em torno do SNS", defendendo que o combate à fraude deve ser uma prioridade em todas as áreas da sociedade.