A decisão, tomada durante as votações na especialidade do Orçamento do Estado, foi marcada por uma reviravolta no sentido de voto do Chega.
O Governo da AD pretendia indexar o valor das propinas à taxa de inflação, o que representaria um aumento de cerca de 13 euros anuais.
A proposta foi defendida pelo PSD como "equilibrada", com o deputado Hugo Soares a minimizar o impacto, descrevendo-o como "o preço de um carioca duplo por mês".
No entanto, a medida encontrou forte resistência.
O ministro da Educação considerou a intenção de manter o congelamento uma "péssima decisão" e um "retrocesso histórico" que tornaria as instituições mais dependentes do Governo. A proposta do PS para manter o congelamento, que inicialmente tinha sido chumbada, acabou por ser aprovada após o Chega ter alterado o seu sentido de voto, juntando-se a toda a esquerda.
O momento gerou tensão no plenário, com uma troca de acusações entre Hugo Soares e Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre alegados despedimentos de grávidas no partido. A decisão final representa mais uma derrota para o Governo no processo orçamental, forçado a aceitar a vontade de uma maioria de oposição.














