O Conselho de Ministros aprovou um plano de investimento de 5,8 mil milhões de euros para as Forças Armadas, através da adesão ao programa de financiamento europeu SAFE. A decisão representa um reforço significativo da capacidade de defesa nacional e surge num contexto de crescente pressão para o cumprimento das metas da NATO. O plano permite a Portugal aceder a empréstimos de longo prazo para a aquisição de equipamento militar, numa altura em que a Europa procura reforçar a sua indústria de defesa.
O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que sublinhou a importância da "adesão formal" ao programa da Comissão Europeia.
Esta verba é crucial para Portugal atingir a meta de gastar 2% do PIB em Defesa, um compromisso assumido no seio da Aliança Atlântica.
No entanto, a forma como o Governo está a contabilizar estas despesas tem gerado controvérsia.
Um artigo do Expresso refere um "mistério" de 2,6 mil milhões de euros nas contas reportadas à NATO, com o Governo a não revelar a origem de todas as parcelas consideradas como despesa militar.
O ministro Leitão Amaro justificou parte das verbas, mas não esclareceu totalmente as contas, mantendo alguma opacidade sobre a engenharia financeira utilizada para alcançar o objetivo dos 2%.
Em resumoPortugal vai investir 5,8 mil milhões de euros no reequipamento das Forças Armadas, recorrendo a um novo programa de empréstimos da UE. A medida visa cumprir as metas da NATO, embora persistam dúvidas sobre a transparência das contas da despesa militar reportadas pelo Governo.