Durante o debate, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, acusou o PS e o Chega de criarem uma “coligação negativa” e de “invadirem a esfera de decisão que cabe ao poder executivo” ao aprovarem mais de 160 propostas de alteração contra a vontade do Governo. Montenegro lamentou o custo adicional de 100 milhões de euros decorrente destas medidas, mas salientou que o Orçamento não saiu “desvirtuado” e que a sua aprovação é um “fator de confiança” para o país. Em resposta, o líder do PS, José Luís Carneiro, defendeu que Montenegro devia “reconhecer e valorizar o sentido de estado” dos socialistas, argumentando que sem a sua abstenção, Portugal estaria a “mergulhar numa crise política”. Carneiro reiterou que, apesar da viabilização, “este não é o nosso Orçamento”, classificando-o como “vazio de ambição”.
Os restantes partidos da oposição, como o Chega e o PCP, criticaram duramente o documento e o papel do PS como “muleta” do Governo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indicou que, “à partida”, o Orçamento não levanta problemas de promulgação, acomodando as alterações feitas pela Assembleia da República.














