A portaria governamental aumentou o imposto em 2 cêntimos por litro de gasóleo e 1,6 cêntimos na gasolina, uma decisão que, segundo os críticos, foi tomada de forma oportunista, aproveitando uma descida temporária dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais. O que mais gerou controvérsia foi o momento da publicação, imediatamente após um debate orçamental em que o Governo e os seus apoiantes garantiram que não haveria aumentos de impostos. Estima-se que esta medida possa gerar uma receita adicional para o Estado entre 600 e 800 milhões de euros, um valor que não foi contemplado na proposta de Orçamento. A decisão, que segue recomendações da Comissão Europeia para eliminar os descontos criados durante a crise energética, foi vista pela oposição e por comentadores como uma falta de transparência do executivo de Luís Montenegro.