Esta medida excecional, autorizada pela Comissão Europeia, visa prevenir o caos e as longas filas de espera que têm afetado os passageiros.

A potencial suspensão do sistema, que entrou em vigor em outubro, surge como resposta aos "constrangimentos que se têm verificado em alguns aeroportos da Europa". A decisão final será tomada "de forma pontual e se necessário, mediante a avaliação da situação em cada aeroporto e sem comprometer a segurança nas fronteiras".

A situação das longas filas, especialmente no aeroporto de Lisboa, tornou-se um problema crónico, que o próprio Governo, através do secretário de Estado das Infraestruturas, já classificou como um "embaraço", prometendo soluções até ao verão. Parte do problema é atribuído à transição do controlo de fronteiras para a competência exclusiva da PSP, após a extinção do SEF. A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) refuta as críticas, denunciando uma "intromissão e pressão inexplicável" do poder político e da ANA Aeroportos, e afirmando que os polícias estão a ser indevidamente responsabilizados pelos tempos de espera.