A paralisação teve um impacto significativo em setores como os transportes, a educação e a saúde, gerando um intenso debate político sobre a sua adesão e legitimidade.

A greve, que decorreu na passada quinta-feira, causou perturbações acentuadas em todo o país.

Nos transportes, registou-se uma adesão de 100% na CP, o encerramento total do Metro de Lisboa e a supressão de centenas de voos nos principais aeroportos. Hélder Santinhos, do Sindicato de Pilotos de Aviação Civil, referiu que "mais de 400 voos foram cancelados".

A educação e a saúde também foram fortemente afetadas, com inúmeras escolas encerradas e serviços hospitalares a funcionar apenas com serviços mínimos.

As centrais sindicais reivindicaram uma vitória, com a CGTP a estimar a adesão de mais de três milhões de trabalhadores e a UGT a apontar para valores a rondar os 80%. Os partidos da oposição, incluindo PS, Bloco de Esquerda, PCP e Livre, manifestaram o seu apoio à paralisação, com os seus líderes a marcarem presença em manifestações, como a que juntou centenas de pessoas no Rossio, em Lisboa.

O líder parlamentar socialista considerou a greve "uma grande derrota do Governo", instando o executivo a recuar na proposta. A UGT, pela voz do seu secretário-geral Mário Mourão, admitiu a possibilidade de uma nova greve geral caso as negociações com o Governo não progridam, afirmando que a greve "nunca pode estar excluída".