Esta posição gerou fortes críticas por parte dos sindicatos e da oposição, que acusaram o Governo de estar "alheado da realidade".

As principais vozes do Governo nesta matéria foram o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro da Presidência, Leitão Amaro.

Montenegro afirmou que "uma parte largamente maioritária do país está a trabalhar" e que quem aderiu à paralisação foi a "parte minoritária".

Leitão Amaro reforçou esta mensagem, descrevendo a greve como "inexpressiva, em particular no setor privado e social", onde estimou uma adesão entre "0% e 10%".

O ministro da Presidência chegou a afirmar que a paralisação "mais parece uma greve da função pública" e que "a esmagadora maioria dos trabalhadores do País está a trabalhar".

Esta narrativa foi veementemente contestada.

O líder parlamentar do PS comparou Leitão Amaro ao "ministro da Propaganda do Iraque na Guerra do Golfo", afirmando que este "não vive neste país".

Carlos Silva, ex-secretário-geral da UGT, acusou o Governo de uma "distração completa em relação à realidade da vida portuguesa". Representantes sindicais de setores afetados, como o da aviação, apontaram para dados concretos, como o cancelamento de centenas de voos, para contrariar a posição do executivo.

Isabel Camarinha, ex-secretária-geral da CGTP, acusou Leitão Amaro de estar a "tentar esconder o impacto muitíssimo grande desta greve geral".