Esta posição marca uma viragem na política externa de Portugal nesta matéria e gerou debate sobre a capacidade de acolhimento nacional. O mecanismo de solidariedade da União Europeia visava a relocalização de refugiados para aliviar a pressão sobre os países da linha da frente.
No entanto, o executivo português argumentou que a realidade atual do país não está devidamente refletida nos relatórios europeus que sustentam estas decisões.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou em Bruxelas que o instrumento de vistos da CPLP, implementado pelo governo anterior, gerou "movimentos secundários muito significativos" que aumentaram a pressão sobre os serviços nacionais.
Devido a esta situação, o Governo não se compromete a acolher mais refugiados no âmbito deste mecanismo e pretende agora negociar uma exceção junto da Comissão Europeia.
Esta posição contrasta com a postura de anteriores governos, que geralmente se mostravam disponíveis para participar em mecanismos de solidariedade europeus. A decisão reflete a nova orientação da política migratória do atual executivo, que tem vindo a implementar medidas mais restritivas, como as alterações nas regras de entrada e o novo regime de retorno para imigrantes em situação irregular.














