A eleição marca uma mudança na liderança partidária do órgão, refletindo os resultados das últimas eleições autárquicas.

No seu discurso, Pedro Pimpão defendeu uma medida que gerou debate: o aumento dos salários dos autarcas e dos funcionários das autarquias.

O novo presidente da ANMP argumentou que os "autarcas merecem ter remunerações compatíveis com as suas responsabilidades", uma valorização necessária para "reter talento nas câmaras".

Reconheceu, contudo, que o tema é "sensível para o comum dos cidadãos".

O congresso foi também palco para outras reivindicações do poder local.

A presidente cessante, Luísa Salgueiro, e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, apontaram a urgência de uma nova Lei das Finanças Locais, com Moedas a afirmar que os autarcas "não são empregados do Governo" nem "tarefeiros do Estado".

Outro tema central foi a descentralização de competências, particularmente na área da saúde. Um relatório da ANMP alertou que os atrasos na regulamentação de diversas matérias têm gerado "incertezas" e "lacunas" na gestão dos serviços de saúde pelos municípios, apelando a "medidas concretas e coordenadas que resolvam as lacunas ainda existentes" para assegurar o sucesso do processo.

O congresso contou com a participação de mais de mil autarcas e debateu temas como a autonomia local, o financiamento, a sustentabilidade e a coesão territorial.