Os diretores dos principais jornais e revistas nacionais publicaram um editorial conjunto, intitulado "Em defesa da imprensa, alerta à democracia", alertando para o "risco real" que esta situação representa.

Argumentam que deixar vastas áreas do território sem acesso à imprensa escrita corta o acesso a notícias profissionalmente validadas, aumenta o perigo da desinformação e prejudica a coesão nacional.

Os distritos em risco são Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e autarcas a título individual, como a Comunidade Intermunicipal do Douro, já pediram a intervenção do Governo para encontrar uma solução.

O ministro da Presidência, Leitão Amaro, que tutela a comunicação social, afirmou que qualquer solução pública terá de passar por "mecanismos concorrenciais" e não pela atribuição de um subsídio direto a uma empresa específica.

O PCP também já questionou o Governo no Parlamento sobre os planos para evitar este cenário, que agravaria as assimetrias territoriais no acesso à informação.