A paralisação, descrita pelos sindicatos como histórica mas pelo Governo como “inexpressiva”, abriu um novo ciclo negocial, embora persistam profundas divergências.
Após o protesto, a ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, reuniu-se com a UGT, num encontro classificado como “muito construtivo”, e agendou nova reunião para a próxima semana.
Contudo, a ministra rejeitou a ideia de recomeçar da “estaca zero”, afirmando esperar que as partes se encontrem “a meio do caminho”. A UGT, por sua vez, comprometeu-se a apresentar uma contraproposta até meados de janeiro, mas mantém as suas linhas vermelhas, nomeadamente a oposição ao banco de horas individual, à facilitação de despedimentos e à contratação em regime de ‘outsourcing’ após despedimentos coletivos.
A CGTP também solicitou uma reunião com o primeiro-ministro, exigindo a retirada total do pacote.
O cenário político tornou-se mais complexo com a mudança de posição do Chega, cujo líder, André Ventura, afirmou após a greve que não apoiará uma lei que seja um “bar aberto para despedimentos”, colocando em dúvida a viabilidade parlamentar da proposta na sua forma atual.
O Governo enfrenta, assim, uma forte contestação social e um desafio político para aprovar uma das suas principais reformas.














