O Conselho de Ministros aprovou a subida do salário mínimo nacional (SMN) para 920 euros a partir de 2026. A medida concretiza o valor já previsto no Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinado em 2024. O ministro da Presidência, Leitão Amaro, descreveu o aumento como “significativo”, destacando que, num período de um ano e meio, o SMN terá aumentado 100 euros, passando dos 820 euros em vigor quando o atual Governo tomou posse. Esta atualização insere-se numa trajetória de valorização progressiva acordada com parte dos parceiros sociais, que prevê subidas para 970 euros em 2027 e 1.020 euros em 2028.
A formalização desta medida ocorre num contexto de elevada tensão social, marcado pela greve geral contra a proposta de reforma laboral do Executivo.
Embora o aumento do SMN seja uma matéria consensual com a UGT e as confederações patronais, o Governo enquadra-a na sua narrativa mais ampla de melhoria dos rendimentos, que contrasta com a forte contestação a outras áreas da sua política laboral.
A decisão terá um impacto direto no rendimento de centenas de milhares de trabalhadores e serve de referência para a negociação salarial em toda a economia, sendo uma das principais políticas governamentais com efeito económico e social imediato.
Em resumoA aprovação do aumento do salário mínimo para 920 euros em 2026 representa a concretização de um compromisso assumido em concertação social. Esta medida de impacto económico direto surge num momento de forte contestação social a outras políticas laborais do Governo, destacando-se como uma área de consenso num cenário de conflito.