A posição de Portugal foi criticada por inverter um compromisso histórico com a solidariedade europeia, um dos pilares do novo Pacto sobre Asilo e Migrações, que o próprio país ajudou a negociar. O ministro Leitão Amaro tem defendido esta posição nos conselhos de ministros dos Assuntos Internos, argumentando que Portugal, apesar de não ser um dos países dispensados pela Comissão Europeia de contribuir, enfrenta desafios significativos no acolhimento. Críticos apontam que o Governo está a confundir deliberadamente a questão dos refugiados, cujos pedidos de asilo em Portugal são relativamente baixos (cerca de 2.000 por ano), com a imigração laboral, e a alinhar a sua agenda com a da extrema-direita.

A decisão representa um afastamento da política externa tradicionalmente humanista e europeísta de Portugal, gerando preocupação sobre o futuro papel do país nos debates europeus sobre migrações.