Enquanto a UGT se mostra disponível para dialogar, a CGTP exige a retirada total da proposta, num cenário de crescente pressão política e social.
A Ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, reuniu-se com a UGT, descrevendo o encontro como "muito construtivo" e manifestando a esperança de que as partes se encontrem "a meio do caminho".
O Governo, contudo, recusa voltar à "estaca zero", insistindo que o anteprojeto é uma base de trabalho.
A UGT comprometeu-se a apresentar uma contraproposta até 14 de janeiro. Em contraste, a CGTP, que não foi convocada para esta ronda, solicitou uma reunião diretamente com o Primeiro-Ministro, agendada para 7 de janeiro, para reiterar a sua exigência de retirada completa do pacote. A central sindical agendou também uma nova manifestação para 13 de janeiro.
A complexidade do cenário é acentuada pela mudança de posição do Chega que, após a greve, passou a opor-se à proposta nos seus termos atuais, dificultando a sua aprovação parlamentar.
Este novo equilíbrio de forças obriga o Governo a uma negociação em duas frentes: com os sindicatos, para obter um acordo social, e com os partidos no Parlamento, para garantir a viabilidade política da reforma.














