A decisão foi justificada com a necessidade de primeiro aprofundar o processo de descentralização de competências para os municípios.
Durante o seu discurso no XXVII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Montenegro foi claro ao afirmar que "esta não vai ser a legislatura em que a regionalização vai ser uma prioridade", considerando o momento "inadequado e inoportuno".
Em vez disso, o foco do executivo será "revisitar todas as áreas" da descentralização já em curso, prometendo iniciar o trabalho sobre as finanças locais em janeiro.
Esta posição representa um travão num debate que tem vindo a ganhar força entre os autarcas.
O novo presidente da ANMP, Pedro Pimpão, embora respeitando a decisão do primeiro-ministro, reafirmou a importância do tema para os municípios.
O PS interpretou a decisão como um mero adiamento e prometeu continuar a insistir na matéria.
A posição do Governo alinha-se com a do Chega, que também concorda com o adiamento.
Ao colocar a regionalização em pausa, o executivo opta por uma abordagem mais gradualista, focada em consolidar as transferências de competências existentes antes de avançar para uma reestruturação administrativa de maior escala.














