A abstenção foi conseguida após a Comissão Europeia se ter comprometido a reavaliar a situação migratória específica de Portugal.

Este posicionamento sinaliza um endurecimento da política portuguesa nesta matéria, contrastando com posturas mais abertas de governos anteriores.

A decisão de Portugal coloca o país ao lado de nações como a Hungria e a Eslováquia, que também se opuseram ao plano, embora por motivos diferentes. A alegação de uma "crise migratória" interna reflete a perceção do executivo de que os serviços públicos e as estruturas de acolhimento estão sob pressão, uma narrativa que tem ganho força no debate político nacional.

Esta nova postura terá implicações tanto na forma como Portugal é visto pelos seus parceiros europeus como na gestão dos fluxos migratórios a nível interno.