Esta atualização salarial está em linha com o acordo de médio prazo sobre a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade, celebrado em 2024 com a UGT e as confederações patronais. O acordo previa uma trajetória de aumentos faseados, com o objetivo de alcançar 1.020 euros em 2028. A decisão do Governo confirma o compromisso com essa meta, apesar do atual contexto de negociações tensas em torno do pacote laboral mais abrangente.

A medida terá um impacto direto em cerca de 900 mil trabalhadores que auferem a retribuição mínima mensal garantida, representando um esforço para mitigar os efeitos da inflação e melhorar o poder de compra das famílias com rendimentos mais baixos.

No entanto, a subida ocorre num momento de forte contestação social, marcada pela recente greve geral contra as propostas do Governo para a legislação laboral.

Embora o aumento do salário mínimo seja um ponto de convergência, as centrais sindicais continuam a exigir mudanças mais profundas noutras áreas, como a contratação a termo e a flexibilização do despedimento. A formalização do aumento é, assim, um passo importante na política de rendimentos, mas está longe de apaziguar o clima de descontentamento laboral.