A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, reuniu-se com a UGT, descrevendo o encontro como “muito construtivo” e manifestando a esperança de que as partes se encontrem a “meio caminho”. Apesar do tom otimista da ministra, a UGT mantém as suas “linhas vermelhas”, com o seu secretário-geral, Mário Mourão, a afirmar que a central sindical “não vai defraudar os que confiaram na UGT”.

A UGT comprometeu-se a apresentar uma contraproposta até 14 de janeiro, mas recusa formalizar qualquer acordo antes de ouvir a posição das confederações patronais.

Do lado da CGTP, a postura é mais rígida, com o secretário-geral Paulo Raimundo a rejeitar qualquer negociação sobre a proposta atual e a esperar que o Governo anuncie a sua retirada.

A central sindical convocou uma nova manifestação para 13 de janeiro.

O ministro da Economia, Castro Almeida, admitiu que a proposta é um “estudo prévio” e que o Governo está longe de uma “solução final”, abrindo a porta a ajustamentos.

Uma sondagem da Intercampus revelou que a maioria dos portugueses considerou a greve geral justificada, refletindo o descontentamento com medidas como a flexibilização dos contratos a termo.

A investigadora Sara Lafuente classificou as propostas como um “retrocesso”, baseado em “receitas antigas e obsoletas, da era neoliberal”.