A promulgação deste Orçamento, o último do seu mandato, assegura a continuidade da ação governativa para o próximo ano.

A decisão presidencial foi recebida com reações políticas distintas, evidenciando o atual equilíbrio de forças no Parlamento.

José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, interpretou as palavras do Presidente como um reconhecimento da postura de oposição responsável do seu partido, que viabilizou o documento. Carneiro sublinhou que, embora o PS tenha contribuído para a estabilidade, “este não é o Orçamento do PS”, mas sim o resultado de um esforço para evitar uma nova crise política.

Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de apontar críticas ao documento, referindo a manutenção de “disposições avulsas, nomeadamente em domínios relacionados com o uso de fundos europeus”.

No entanto, considerou que o Orçamento “dá um passo para se concentrar no essencial e reduzir o casuísmo”.

A promulgação foi vista como um sinal de maturidade institucional, onde o diálogo entre Governo e oposição, sob a arbitragem do Presidente, permitiu ultrapassar o desafio de um executivo minoritário e garantir a estabilidade necessária para a execução das políticas públicas em 2026.