O filme é descrito pelo próprio cineasta como uma homenagem sentida ao cinema e à sua capacidade de transformar vidas e unir gerações através das histórias.

A narrativa, filmada entre Lisboa e Cabeço de Vide, no Alentejo, explora a relação entre um avô e o seu neto, João, um jovem viciado em videojogos.

Inicialmente distantes, os dois aproximam-se quando o avô partilha a sua paixão pela sétima arte, revelando o poder que as histórias têm de criar laços e despertar novas perspetivas. Morgado descreve o filme como uma obra que pretende fazer com que “miúdos larguem os telemóveis e redescubram o cinema”, sublinhando a sua intenção de resgatar a magia da experiência cinematográfica partilhada.

O projeto reflete uma visão pessoal do realizador sobre a importância do cinema como ferramenta de conexão humana, especialmente num mundo cada vez mais digital e individualista.

Ao focar-se numa dinâmica familiar intergeracional, “O Lugar dos Sonhos” procura dialogar com diferentes públicos, apelando tanto à nostalgia dos mais velhos como à curiosidade dos mais novos, propondo uma reflexão sobre o legado cultural e afetivo que o cinema pode proporcionar.