A obra transcende o formato documental tradicional, apresentando-se como um ensaio poético e ficcionado sobre o seu legado. Descrito como um “casting poético com atores que deambulam entre um filme e uma peça de teatro”, o filme explora a vida e obra de Natália Correia através de uma abordagem experimental.
A realizadora coloca atores em locais antes habitados pela poeta para “escavar os mitos, os fantasmas, as dores” que a marcaram.
A obra é uma busca pela pertinência de Natália no presente, questionando como um país, que um dos artigos refere ter reduzido a sua “maior poeta a um anedotário”, pode rememorar a sua força intelectual.
A realizadora, Rosa Coutinho Cabral, questiona no filme: “Como encontrar esta mulher potencialmente desalinhada, cujo motor é a liberdade?”.
O título reflete a natureza indomável de Natália Correia, uma mulher que, segundo a narrativa, nunca se subjugou.
O filme serve, assim, como um lembrete da sua importância cultural, literária e política, antes e depois do 25 de Abril.














