Esta escolha gerou grande expectativa, consolidando a obra como uma das mais importantes do cinema brasileiro recente, após o sucesso de "Ainda Estou Aqui" na edição anterior. A seleção de "O Agente Secreto" pela Academia Brasileira de Cinema não foi isenta de uma competição acirrada, destacando-se a forte candidatura de "Manas", de Mariana Brennand. A obra de Brennand ganhou um impulso significativo quando figuras de Hollywood como Sean Penn e Julia Roberts se envolveram na sua promoção, com Penn a assumir o papel de produtor executivo e a organizar sessões especiais em Los Angeles. Além disso, "Manas" recebeu o apoio de cerca de 70 empresas e instituições brasileiras, muitas lideradas por mulheres, que subscreveram uma carta aberta a favor da sua candidatura devido ao foco em temas como o abuso sexual familiar e a exploração de menores.
No entanto, a força de "O Agente Secreto" prevaleceu.
A longa-metragem, que se desenrola em 1977 durante a ditadura militar brasileira, acompanha um professor que se vê envolvido num universo de espionagem.
O filme já conquistou reconhecimento internacional, vencendo quatro prémios no Festival de Cannes, incluindo Melhor Realizador e Melhor Ator Principal para Wagner Moura. A sua estreia em Portugal está agendada para 6 de novembro, em simultâneo com o Brasil, e carrega agora a responsabilidade de tentar repetir o feito histórico de "Ainda Estou Aqui", que se tornou o primeiro filme brasileiro a vencer o Óscar de Melhor Filme Internacional.














