A obra, que aborda o colonialismo português, foi a mais votada pelos membros da academia, superando outros quatro filmes na corrida.
A escolha de "Banzo" resultou de um processo de votação que decorreu entre 22 de agosto e 10 de setembro, no qual competiam também as longas-metragens "Hanami", de Denise Fernandes, "Os Papéis do Inglês", de Sérgio Graciano, "Sobreviventes", de José Barahona, e "Sonhar com Leões", de Paolo Marinou-Blanco. O filme de Margarida Cardoso destaca-se por mergulhar na herança do colonialismo português em África, com uma narrativa ficcionada que se passa no início do século XX numa ilha tropical. A trama retrata a relação violenta entre colonos e negros em trabalho escravo, centrando-se num médico da metrópole, interpretado por Carloto Cotta, enviado para curar um grupo de escravos que morrem de uma profunda tristeza, diagnosticada como "banzo".
A APC descreve a obra como uma "reflexão poderosa sobre identidade, dor e memória coletiva", realçando a sua "força visual e narrativa intimista".
O filme já tinha sido distinguido com o Prémio Árvore da Vida no Festival IndieLisboa em 2024 e selecionado para representar Portugal nos Prémios Macondo, da Colômbia, e nos Prémios Goya, de Espanha. A lista de finalistas para os Óscares será anunciada a 21 de dezembro, com as nomeações oficiais a serem reveladas a 23 de janeiro de 2026.














