A escolha, resultante de uma votação dos membros da academia, destaca uma obra que mergulha no passado colonial português em África.

A longa-metragem, protagonizada por Carloto Cotta, passa-se no início do século XX numa ilha tropical africana e aborda a relação violenta entre colonos portugueses e pessoas negras em regime de trabalho escravo.

A narrativa centra-se num médico da metrópole enviado para curar um grupo de escravizados que estão a morrer de “banzo”, uma profunda melancolia descrita como a “nostalgia dos escravizados”.

A APC destacou o filme “pela força visual e pela narrativa intimista, numa reflexão poderosa sobre identidade, dor e memória coletiva”.

“Banzo” superou outros quatro filmes na corrida à nomeação: “Hanami”, “Os Papéis do Inglês”, “Sobreviventes” e “Sonhar com Leões”.

O filme já tinha sido distinguido com o Prémio Árvore da Vida no festival IndieLisboa em 2024 e selecionado para representar Portugal nos prémios Goya (Espanha) e Macondo (Colômbia).

A escolha surge num momento em que o ator principal, Carloto Cotta, se prepara para ir a julgamento em outubro, acusado de violação e sequestro, um facto notado por várias publicações.

A lista de finalistas para a nomeação ao Óscar será anunciada a 21 de dezembro, com as nomeações oficiais a serem reveladas a 23 de janeiro de 2026.