A notícia do seu falecimento, ocorrido a 16 de setembro na sua casa no Utah, dominou o noticiário cultural, gerando uma onda de homenagens que celebraram a sua carreira multifacetada e a sua influência duradoura.
Redford não foi apenas um dos rostos mais carismáticos do cinema entre as décadas de 1960 e 1980, protagonizando clássicos como "Dois Homens e Um Destino" (1969), "A Golpada" (1973) e "Os Homens do Presidente" (1976); foi também um artista que desafiou os estereótipos de galã.
Cansado da superficialidade de Hollywood, fez uma transição bem-sucedida para a realização, conquistando o Óscar de Melhor Realizador com a sua primeira obra, "Gente Vulgar" (1980).
No entanto, o seu maior legado poderá ser a criação do Sundance Institute em 1981, que deu origem ao Festival de Sundance, hoje o mais prestigiado evento de cinema independente do mundo. Através de Sundance, Redford abriu portas a uma nova geração de cineastas, como Quentin Tarantino e Steven Soderbergh, que de outra forma poderiam não ter tido uma plataforma. Como ele próprio afirmou numa entrevista recordada por um dos artigos, acreditava que "a arte deve ser mais independente" do negócio de Hollywood.
A sua carreira reflete essa convicção, equilibrando o sucesso comercial com um profundo compromisso com a integridade artística e causas ambientais.
A sua morte foi descrita como o fim de uma era, com muitos a recordá-lo como "um dos maiores de sempre" e "a luz mais dourada do cinema americano".














