A obra é um retrato delicado e poderoso sobre o amor, a perda e o luto inesperado, filmado durante um único e longo dia de verão em Reykjavik.
O seu lançamento em Portugal destaca a crescente visibilidade do cinema islandês, conhecido pela sua capacidade de transformar a paisagem em estado de alma.
A história acompanha Una, uma jovem estudante de arte que vive um romance secreto com Diddi, que morre subitamente num acidente de viação.
Por a sua relação ser secreta, Una é forçada a viver o seu luto em silêncio, enquanto a sociedade reconhece apenas a dor da namorada oficial de Diddi, Klara.
O filme explora com grande contenção a complexa dinâmica que se estabelece entre as duas mulheres, unidas pela mesma perda mas separadas pelas convenções sociais.
A cinematografia utiliza a luz incessante do verão nórdico como um espelho do estado interior da protagonista, criando uma atmosfera melancólica mas nunca depressiva.
A crítica elogia a obra pela sua abordagem subtil e poética ao tema do luto, evitando clichés dramáticos em favor de uma experiência sensorial e contemplativa, onde os silêncios e os gestos comunicam mais do que as palavras.











