A NOS Cinemas, maior exibidora do país, protagonizou uma significativa reestruturação da sua rede de salas, que incluiu a renovação de complexos estratégicos e o encerramento de operações em localidades com menor massa crítica. Estas mudanças refletem a dinâmica do mercado de exibição cinematográfica em Portugal e a estratégia da empresa em concentrar investimentos em multiplexes de maior dimensão. O destaque principal foi a remodelação profunda das sete salas do centro comercial Amoreiras, em Lisboa, um investimento de 700 mil euros que coincidiu com o 40.º aniversário do espaço. As salas foram equipadas com nova tecnologia de som e imagem, e a reabertura foi assinalada com a exibição do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”.
Em contrapartida, a NOS Cinemas encerrou a sua atividade no MaiaShopping (janeiro) e no Tavira Grand Plaza (agosto).
Segundo Nuno Aguiar, diretor-geral da exibidora, os encerramentos deveram-se ao fim dos contratos e à decisão dos promotores dos centros comerciais em alterar a utilização dos espaços.
Aguiar sublinhou que a estratégia da NOS se foca em complexos com “no mínimo cinco salas” para garantir a sustentabilidade da operação. Com estas alterações, a empresa detém atualmente 202 salas em 28 complexos.
Nuno Aguiar defendeu ainda o valor cultural de ir ao cinema, afirmando que “os filmes são feitos para serem vistos no cinema”, mesmo com a coexistência de outras plataformas.
Em resumoA recente reestruturação da NOS Cinemas, marcada pela modernização das salas das Amoreiras e pelo encerramento em Tavira e na Maia, evidencia uma estratégia de concentração em multiplexes de maior escala, refletindo as atuais dinâmicas do mercado de exibição em Portugal.